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A prática de mindfulness pode ajudar no alívio da dor?

Mindfulness ou “atenção plena” é um tipo de meditação que se tornou muito popular nos dias de hoje, já existem estudos comprovando que essa prática propicia sentimentos positivos com relação aos outros e a nós mesmos, aumentando a sensação de prazer e bem estar.

 

Sentir dor constantemente não deveria ser normal, mas infelizmente, algumas pessoas sofrem da chamada dor crônica, como é o caso da Fibromialgia, enxaqueca, dores na lombar, dentre outras. Essa dor recorrente e que aparece a qualquer momento do dia ou da noite, não importa o lugar que você esteja ou o que você faça, pode acentuar um desequilíbrio na saúde física e mental, atrapalhando sua rotina, trabalho e as relações pessoais, desencadeando até mesmo ansiedade e depressão.

 

Além de medicações específicas, como antidepressivos e fármacos para alívio da dor, a psicanálise tem sido de grande ajuda na investigação das causas e possíveis traumas que possam ter desencadeado este quadro de dor crônica.

 

Um estudo publicado pelo no BMJ (British Medical Journal) nos traz que a prática do mindfulness é capaz de diminuir a intensidade da dor e o sofrimento psicológico causado por ela.

 

Para os pacientes que recorrem à análise pessoal, o mindfulness pode ser utilizado como uma ferramenta complementar à terapia convencional, uma das principais vantagens do uso desta técnica é que durante o exercício, o paciente foca toda sua atenção no momento presente, tendo a percepção, sem julgamento, de todo o seu corpo e ambiente naquele determinado instante.

 

Como forma de evitar surpresas e situações desagradáveis, os pacientes portadores de dor crônica tendem a reduzir, ou até mesmo limitar suas atividades em ambientes externos, com isso, acabam se tornando hipervigilantes da dor, ou seja, ficam o tempo todo aguardando o momento que a dor irá surgir, comportamento este que pode acarretar em uma sensação de intensificação dolorosa. Ao agir desta forma, os pacientes impedem os processos cognitivos que produzem as sensações de bem estar, reduzindo assim a sua qualidade de vida e intensificando ainda mais sua condição dolorosa. Os exercícios de meditação, portanto, podem ser usados para controlar essa excitação somática, tendo como objetivo principal reduzir ou controlar os pensamentos e atitudes relacionadas à dor crônica por meio de mudança de pensamento e atitude.

 

É importante ressaltar que a prática do mindfulness por si só, à princípio, não substitui o tratamento de um médico especialista, a técnica da atenção plena deverá ser usada como complementar ao seu tratamento tradicional.

 

Por fim, podemos afirmar que, a associação da prática do mindfulness, juntamente com a terapia, ajuda o paciente a quebrar esse ciclo negativo vicioso e, pouco a pouco a pessoa ficará mais confiante de que ela pode se relacionar de uma forma mais amena com suas crises, possibilitando ao paciente, uma melhora da reintegração de uma saúde mais sólida e clareza existencial. Afinal, o indivíduo que tem mais consciência de si mesmo, tem mais chance de prosperar em qualquer aspecto.

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